quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Celular pode ter elo com câncer



Cientista defende a ideia de restringir o uso do aparelho por crianças. Pesquisa foi supervisionada pela OMS

Rio - Uso do telefone celular pode ter relação com alguns tipos de câncer, afirma estudo internacional que teve a supervisão da Organização Mundial de Saúde (OMS). Conclusões preliminares da pesquisa, divulgadas pelo jornal britânico ‘The Daily Telegraph’, apontam que existe “um risco significativamente maior” de a pessoa ter um tumor cerebral “relacionado ao uso de telefones celulares durante período de dez anos ou mais”, afirma o jornal.




Arte O Dia“Estou de acordo, em geral, com a ideia de restringir o uso de celulares por crianças. Mas não iria tão longe em proibir os telefones celulares, já que podem ser uma ferramenta muito importante”, afirma a diretora da pesquisa, Elisabeth Cardis, professora do Centro de Pesquisa em Epidemiologia Ambiental de Barcelona.

Cardis também defende “meios para reduzir a exposição” aos celulares, como o emprego de acessórios que permitem utilizar o telefone sem as mãos, e recomendações em relação ao uso moderado do aparelho. A pesquisadora argumenta que, apesar da “falta de resultados definitivos, vários estudos sugerem um possível efeito de radiação de radiofrequência” gerada por celulares.

Uma porta-voz do Centro de Pesquisa afirmou que o estudo Interphone, coordenado por Cardis, é complexo e só será divulgado no fim do ano. Durante o trabalho, foram realizadas pesquisas em 13 países, onde 12.800 pessoas saudáveis e com tumores foram entrevistadas. O objetivo era investigar se a exposição aos celulares está vinculada a três tipos de tumores cerebrais e um tumor da glândula salivar.

Pesquisas anteriores sobre os efeitos dos celulares na saúde foram pouco conclusivas, mas o projeto supervisionado pela OMS indica que seis em oito estudos nesta linha revelaram maior risco de sofrer de glioma — o tumor cerebral mais comum.

Um porta-voz da Agência de Proteção da Saúde do Reino Unido disse que, oficialmente, “por enquanto, não há provas sólidas” sobre os efeitos nocivos do uso de celulares.

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